Tocantins, 29 de March de 2024 - Mira Jornal - 00:00

Miracema, uma história de amor

Miracema, uma história de amor

Friday, 23 de August de 2013, às 12h 28min
Miracema, uma história de amor

Neste 25 de agosto, Miracema do Tocantins completa 65 anos de emancipação política. De 1948 a 2013, a “boa terra” – como é chamada pelos conservadores da cidade – vem convivendo com  tempestades e raras bonanças.

Antes de libertar-se do jugo de Santa Maria do Araguaia (hoje Araguacema), Miracema foi Bela Vista – nome dado pelo primeiro morador, Pedro Praxedes, no início dos anos 20.

Já nos anos 40, o saudoso Américo Vasconcelos, em homenagem aos indigernas Xerentes, batizou o distrito com o nome de Miracema - que significa: ‘Olhando águas.

Como o então governo Getúlio Vargas proibia a duplicidade de nomes, um fatídico decreto de dezembro de 1943, denominava o distrito com a toponímia de Cherente (com ch mesmo), que prevaleceu até 25 de agosto de 1948, quando João Reis, Américo Vasconcelos, Zacarias Rocha, Elias Bozaipo e Delfino Araújo, foram buscar a legenda do PSB com o então senador Domingos Velásquez, em Goiânia para disputar as eleições, já que o PSD e a UDN estavam nas mãos de um casal em Santa Maria do Araguaia.

Contra tudo e quase todos, João Reis foi eleito prefeito e os amigos se elegeram vereadores.
O primeiro ato da nova legislatura foi a Resolução Nº 1, de autoria do vereador Delfino Araújo, que desmembrava o distrito, criando assim o município de Miracema do Norte, devidamente sancionada pelo prefeito.

A partir daí, a pacata cidade ganhou projeção nacional, confrontando inclusive, sua homônima do Rio de Janeiro, mas o abandono por estar no norte goiano fê-la parar no tempo e no espaço. A saga de Fêlix, de sempre se reerguer e resurgir, estava apena começando.
.
Foi invadida pelas águas do Rio Tocantins, em 1980, quando ressurgiu das águas; foi cantada pela Banda Blitz na composição “A Dois Passos do Paraíso”; serviu de útero e berço para o nascimento do Estado do Tocantins, quando foi primeira capital, embora em caráter provisório.

Deixou de ser capital e foi atirada n um caos social. Mas, novamente ressurgiu das cinzas.
 É sede da regional e de uma subestação da Eletronorte, tem em suas terras, a primeira Usina Hidrelétrica privatizada do País, tem uma ponte sobre o Rio Tocantins.

Mas a indecência da maioria  de seus politicos e a pobreza de espírito da maioria de sua gente, sobretudo daqueles que elegem seus representantes, vem promovendo a decadência da cidade e destruindo a auto estima de sua gente.

Aqueles residentes e trabalhadores que permanecem ainda na não mais pacata Miracema, são protagonistas dessa história de amor entre os miracemenses nativos ou adotados e a terra de Pedro Praxedes, Miracema do Tocantins. É uma história de amor que espera por um final feliz.

Por José Carlos de Almeida



Vantagens e desvantagens da maneira de informar

Vantagens e desvantagens da maneira de informar

Wednesday, 24 de July de 2013, às 00h 36min
Vantagens e desvantagens da maneira de informar

A imprensa é conhecida mundialmente como o quarto poder. Este velho escriba pensa diferente: talvez o quinto, porque o primeiro emana do povo; seguido do executivo, legislativo e judiciário, respectivamente.


Agora, com a imprensa é de sine qua non importância a parceria, talvez por isso o rótulo de quarto poder.
Desde os tempos da tipografia e do clichê, quando entrei no mundo das letras, que entendo que a imprensa atua preponderantemente como interlocutora e quiçá mediadora no relacionamento dos poderes com a população, informando e até produzindo noticias, que podem ser ‘in natura’, ‘amena e branda’, ‘curta, seca e grossa’, ‘sensacionalista’ e até ‘construtiva’ ou ‘destrutiva’, entre outras formas.

Mormente em tempo de globalização, o poder que descarta a imprensa, expõe-se, sem reservas, até às avessas. Isto porque um fato coadjuvante pode ser transformado em protagonista da história e vice e versa.

A imprensa quando trabalha em parceria, não significa que trabalha com olhos vedados para o exercício da má conduta, apenas interage entre as partes informando o fato, sua motivação e solução.

Também este escriba costuma dizer que não existe imprensa independente e sim imparcial.
A independente apenas subexiste porque não conta com receitas públicas e fica à mercê da iniciativa privada, que em maioria tem governos como cliente de onde podem vir a orientação de descaso.

Por esta razão os veículos de comunicação submetem-se a recebimentos com atrasos e quando o cinto aperta por demais, espetam e batem, em prol da quitação. Um vicio comum em todo o país, desde os municípios e governos estaduais e federal.

Agora a imparcialidade existe quando sobrevive às ameaças físicas e morais e aos boicotes comerciais. Neste caso a parceria dita o volume e a intensidade do fato informado.

Por fim, sem hipocrisia e demagogia, asseguro que toda forma de parceria é saudável porque ao mesmo tempo em que destaca, exalta e enaltece, também abranda, ameniza e até descaracteriza.









Parlamento Municipal na Berlinda

Parlamento Municipal na Berlinda

Monday, 08 de July de 2013, às 16h 28min

Parlamento Municipal na Berlinda

A Câmara Municipal de Miracema do Tocantins, já em recesso, embora só realize cinco sessões ordinárias por mês, quando cumprem a agenda regulamentar das segundas-feiras, completa sua primeira metade do ano legislativo, de forma triste, lamentável e decepcionante, de acordo com a maioria dos eleitores que acompanham os trabalhos da Casa de Leis da primeira capital.

Arquivo/MIRA



Sede da Câmara Municipal de Miracema do Tocantins. Prédio tombado pelo Patrimônio Histórico
por ter sido sede da primeira Assembleia Legislativa do Tocantins (Constituinte)
 e Primeira Reitoria da Unitins que deu origem a UFT.


A vergonha começou quando o ex-vice-prefeito que queria ser prefeito - sem respaldo do grupo acabou se desligando da vice-prefeitura, mas sem abdicar do salário - Alberane Borba/PSDB, que também já foi presidente da Câmara, se aliou ao grupo da então candidata a prefeita, aleita posteriormente, Magda Borba/PR.

A adesão ao grupo comandado por Rainel/Magda, teria a suposta garantia da presidência da Câmara.

PULA-PULA
Terminada as eleições do ano passado, quando a prefeita eleita começou as articulações politicas para compor secretariado e promover a governabilidade, teve inicio também um verdadeiro ‘pula-pula’ de vereadores para aderir à nova situação.

Foram eleitos, fazendo oposição ao grupo Magda/Rainel, seis dos onze vereadores da Câmara: Adilson do Correntinho/PV, Edilson Tavares/PSDB,  Lourenço do Lavajato/PMDB, Nasci da Ótica/PMDB, Maria Bala/PRTB, Saulo Milhomem/PRTB.

Ainda foram eleitos, coligados aos partidos do grupo da atual prefeita, quatro vereadores: Natan do Fórum/PR, Marlene Coelho/PR, Pastor Huéder/PSC e Leal Júnior/PR. Ainda conseguiu a vaga o então vice-prefeito Alberane Borba//PSDB, que abandonou seu grupo para aderir ao grupo da prima ainda candidata a prefeita.

Ocorre que, por razões obscuras, além do vice-prefeito, os vereadores que pregavam “Não a eleição da Magda e seu grupo de vereadores” pularam para o lado da prefeita eleita, exceto os edis Saulo Milhomem e Maria Bala, que mantiveram seus ideais e coerência no que falaram em campanha.

Com isso, a atual administração conseguiu a maioria absoluta na Câmara – 8 a 2 – mesmo sem precisar contar com o dissidente da administração passada, Alberane Borba, que carrega a importância de presidir a Casa de Leis, nos primeiros dois anos de mandato, mas que após o próximo ano, poderá ser descartado pela atual gestão, pois não terá influencia no número de edis para a governabilidade do Executivo. Além do mais, como diz a cultura popular, “Fez ali também pode fazer aqui”, em referencia ao que fez, pulando de grupo, quando suas vontades não foram aceitas.

PRESIDENCIA
Na Câmara Municipal, o mandato legislativo para presidente é dividido em dois biênios. Os vereadores elegem por maioria que vai presidir os dois primeiros anos, sem comprometer os dois últimos, quando terá que ser feita nova eleição, ainda sem possibilidade de reeleição.

Dizem ‘à boca miúda’ que o atual vice-presidente (vereador Leal Júnior) era o preferido da Casa, mas que o Executivo tinha interesse maior por Alberane Borba, quem sabe pela ‘coragem (?)’ de abandonar o grupo que participou em toda sua carreira politica, principalmente nos últimos oito anos, quando foi vereador, presidente da Câmara e vice-prefeito, para se juntar ao antigo desafeto Rainel (com quem teria chegado a brigar no estúdio da emissora de rádio AM) e a prima Magda (com quem teria relações politicas e familiares cortadas até ano passado).

CÂMARA
Até o último dia do ano passado, a Câmara Municipal de Miracema do Tocantins, tinha receita do duodécimo estimado em R$ 143 mil mensais, era composta por nove vereadores, que recebiam cada, o salário de R$ 6 mil, mais R$ 3 mil de Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) - assim como acontece na Assembleia Legislativa do Tocantins, Câmaras de Palmas, Araguaína, Gurupi, entre outras – para custeio diversos.

Já o presidente recebia, além dos proventos ordinários, mais 50% pela função administrativa, conforme informou o ex-secretário administrativo Alberto Sodré.

De acordo com o ex-presidente da Câmara, primeiro suplente de vereador Carlos Miranda/PSD, além de deixar a sede do Parlamento Municipal, com ampliação, reforma e pintura e com duas salas prontas para receber os dois novos vereadores que integrariam a Câmara em 2013, concluídos, adquiriu imobiliários, construiu a garagem, reativou e racionalizou o uso do veículo da Casa, e ainda instalou o site memorial e informativo da Câmara Municipal (www.cmmiracema.to.gov.br) para documentar a história e as ações parlamentares.

DESCASOS
Sob alegação, segundo uma fonte, de ter mais dois vereadores na Casa, o presidente Alberane Borba, teria reduzido o salário do vereador para aproximadamente R$ 5 mil e teria extinguido a verba CEAP.

Mesmo tendo mais dois vereadores e com a mesma receita do ano passado, a Câmara economizou cerca de R$ 9 mil, ao diminuir os salários dos vereadores e mais R$ 27 mil, quando extinguiu o CEAP. Isto é: A Casa teve um ganho de R$ 36 mil, embora tenha um gasto a mais de R$ 10 mil (salários de mais dois vereadores). Em resumo, com a chegada de mais dois parlamentares e a diminuição dos salários e não pagamento da CEAP, sobra um caixa de R$ 26 mil por mês, o que daria, sem comprometer outros investimentos, a promover uma CEAP, mesmo menor que a extinta, para cada parlamentar exercer sua vereança com dignidade.

Além disso, o site foi desativado e a informações referentes às atividades parlamentares foram privilegiadas, ainda segundo a fonte, sob contrato para um site fundado por um vereador da Câmara que veicula as ações da Câmara e da Prefeitura Municipal.

Em conversa com o MIRA Jornal, alguns vereadores – que preferiram ainda não revelar os nomes – demonstraram insatisfação com a presidência “aqui não tem diálogo, tem descaso” e deram indícios de que poderão rever seus posicionamentos a partir do segundo semestre legislativo.

O MIRA tem tentado contato com a presidência da Câmara, já algum tempo, mas não tem obtido resposta dos recados - via telefone 33661162 - deixados com a atendente.

ENQUETE
Durante os últimos 30 dias, o site mirajornal.com promoveu uma enquete para saber o grau de satisfaço dos eleitores com os trabalhos dos vereadores.

O resultado não surpreendeu, a maioria dos eleitores que responderam a pergunta:

QUAL DESSES VEREADORES DE MIRACEMA DO TOCANTINS MERECE SUA AVALIAÇÃO POSITIVA ?

A resposta NENHUM DELES foi a mais votada com 41,9%.

Em ordem decrescente os vereadores obtiveram o seguinte percentual:

SAULO MILHOMEM = 25,70%;
LEAL JÚNIOR = 8,94%;
MARIA BALA = 5,59%;
LOURENÇO DO LAVAJATO = 4,47%;
ADILSON DO CORRENTINHO = 3,35%;
ALBERANE BORBA = 2,79%;
EDILSON TAVARES e NATAN DO FÓRUM = 2,23%;
PASTOR HUÉDER NOLÊTO = 1,68%;
MARLENE COELHO = 1,12%;
e NASCI DA ÓTICA = 0% 
(Da Redação/MIRA)




Miracema mergulhada num caos social – III

Miracema mergulhada num caos social – III

Monday, 01 de July de 2013, às 10h 57min

Miracema mergulhada num caos social – III

O Fim


 

... Depois de ver frustrada a volta por cima de Boanerges.


A ‘Família Pires’ em Miracema do Tocantins, por questões relevantes, não podia, ainda, disputar a prefeitura da primeira capital do Tocantins, mas, faltando cerca de quarenta dias para as eleições de 1996, buscou um gaúcho radicado em Miracema, produtor rural com excelência em administração (Ernesto Rotta Giordani), elegendo-o prefeito, mas com compromisso de não reeleição, pois a vez seria de um Pires.

Assim aconteceu: em 1º de janeiro de 1997, Giordani Rotta, como era conhecido o prefeito de melhor preparo intelectual e administrativo da história de Miracema, em todos os tempos. Honesto, leal, fiel, digno e honrado, mas não era politico.

Tornou a cidade visível e a zona rural transparente. Os números das contas da prefeitura tinham sincronismo com a realidade; Os servidores trabalhavam, não existia fantasmas. Merenda e remédio não faltavam e assistência social sobrava. Não era um grande construtor de obras físicas, mas construiu um povo socialmente assistido.
Vale a pena escrever de novo: Sua esposa, Dona Danda, foi a melhor e mais atuante das primeiras-damas que o município já teve.

Para 2001, Miracema queria Giordani Rotta de novo e os Pires queriam a lealdade do gaúcho.
Coerente com sua forma de ser, o prefeito abdicou de uma provável reeleição e cedeu o lugar da disputa para Manoel Pires dos Santos.
Como este já há muitos anos residia em Palmas (perdera o contato diário com a cidade) e era irmão de Raimundo Nonato Pires dos Santos (Raimundo Boi), foi rejeitado pela maioria dos eleitores que preferiram apostar numa solução caseira e elegeram Rainel Barbosa Araújo, desportista nato e genro do ex-prefeito e ex-deputado estadual Sebastião Borba dos Santos.

Era 1º de janeiro de 2001, quando Rainel Barbosa, fez seu juramento de posse.
Foram quatro anos difíceis, não por culpa exclusiva dele, mas de uma equipe de governo equivocada. Entre os males, sensacionalizados pela imprensa da Capital, está a inesquecível obra, a ‘Orla do Ponto de Apoio’ orçada na época em aproximadamente R$ 7 milhões, dos quais a prefeitura teria recebido pouco mais de R$ 1,8 mi, sem cumprir o equivalente na obra, perdendo assim a possibilidade de uma orla em Miracema, na margem esquerda do Rio Tocantins e consequentemente o restante do recurso federal.

Rainel terminou seu mandato mais pobre do que começou. Boicotado pelo governo de estado e sem parceria eficaz no governo federal, foi acusado injustamente de desvios de recursos ainda não comprovados, a despeito de alguns de seus colaboradores despontarem financeira e economicamente no mundo dos negócios.

Tentou a reeleição, com a bandeira de resgatar o que Miracema perdeu e deixou de ganhar, aproveitando a experiência dos acertos e desacertos do primeiro mandato, mas a maioria dos eleitores quis apostar em outro produtor rural: Antônio Evangelista Pereira Júnior.

Júnior Evangelista, como é conhecido, chegou ao poder em 2005, após manobras tucanas - logo depois da morte de seu irmão Adriano Milhomem - que derrubaram o então pretenso candidato a prefeito pelo PSDB, Carlos Augusto Cerqueira, filho do ex-prefeito por três mandato e ex-deputado estadual, Boanerges Moreira de Paula.

Foram quatro anos de realizações, a maioria com recursos federais, advindas das parcerias através do deputado federal Eduardo Gomes/PSDB e do senador João Ribeiro/PR.

O ponto fraco (ou forte) do prefeito ruralista foi a insistência em manter alguns secretários considerados por miracemenses como retrógados e incapazes, mas protegidos sobremaneira.
Como um dos exemplos vociferados pela cidade, sua irmã Márcia Milhomem, secretária de Finanças, transformada em desafeto de grande parte dos fornecedores, prestadores de serviço, servidores municipais e até colegas secretários e vereadores.

O filho de ex-vereador Antônio Evangelista, deixou a prefeitura sob lástimas e com supostas dívidas decantadas pela sucessora, próxima aos R$ 6 milhões.

Já nas eleições de 2008, sem querer voltar a um passado recente, e deveras satisfeitos com a atual administração, na esperança de mudanças radicais no secretariado, os miracemenses reelegeram Júnior Evangelista.

Ledo engano: o simpático, mas inseguro prefeito manteve sua irmã controlando o financeiro do município, entre outros secretários perpetuados, que corroboraram com quatro anos retrocedentes, salvos aqui e acolá, por inspirações divinas como a Casa do Idoso e a Secretaria da Educação.

A sola da bota do prefeito estava tão desgastada que seu referendado para assumir sua cadeira, ficou literalmente mal das pernas e não conseguiu suplantar a filha de Sebastião Borba, Magda Régia Borba, esposa do ex-prefeito questionado, Rainel Barbosa.

Desde 1º de janeiro deste ano, seis meses depois de assegurar em palanque que mudaria a cara de Miracema e anunciar que comporia um secretariado prioritariamente técnico/politico ou apenas técnico como segunda opção, Magda vê (mesmo sem admitir) Miracema do Tocantins amargar dias piores do que viveu nos últimos anos.

Mal (ou bem) comparando, Miracema subiu ‘acima de zero’ no conceito popular, nos quatro primeiros anos do mandato de Júnior Evangelista, e desceu nos quatro últimos, em queda livre, ficando estagnada em zero.

Agora, começa a descer abaixo de zero.
Assim como nossa seleção brasileira de futebol, subiu na ranking da FIFA até meados dos anos 2000, e caiu vertiginosamente até a ultima Copa América, agora, erguida das cinzas, vence a Copa das Confederações e o povo canta ‘O campeão voltou!’, vamos juntos, abraçar a causa Miracema, para mais tarde poder cantar ‘A pacata cidade voltou !’.
 

Miracema mergulhada num caos social – II

Miracema mergulhada num caos social – II

Monday, 24 de June de 2013, às 11h 03min


Miracema mergulhada num caos social – II

O Meio
 

... e Miracema deixou de ser capital do Tocantins.

Os decibéis atingidos pelo barulho da euforia popular, quando foi escolhida - dia 7 de dezembro de 1988 - para ser o berço nascedouro de uma nova estrela que surgia na bandeira brasileira, foram calados pelo silencio fúnebre do dia 1º de janeiro de 1990, quando o punhal da covardia foi cravado, por Siqueira Campos e Sebastião Borba, no peito daquela que deu seu ventre para nascer o novo estado, seu colo para criar os três poderes estaduais (Executivo, Legislativo e Judiciário) e seus seios para amamentar a ganância de oportunistas e aproveitadores, travestidos de políticos, comerciantes, fazendeiros e atravessadores.


Depois disso, Siqueira se fez ‘dono’ do Tocantins, culminando hoje em exercício de um quarto mandato de governador; Borba virou deputado estadual e largou a bomba nas mãos do seu vice-prefeito, Osmar Barbosa.

Na verdade, Osmar não recebeu apenas uma bomba e sim um saco de bombas que foram explodidos sequencialmente, torturando cruelmente os miracemenses.

A esperança aflorou nas eleições de 1992. Recomeçar era a palavra de ordem e o ponto de partida seria a fama de Boanerges Moreira de Paula, de ter realizado duas excelentes administrações em Miracema, quando ainda do Norte, que na época tinha área territorial cinco vezes maior, englobando vários distritos que foram transformados em cidades.

Foram quatro anos de espera, que a esperança se realizasse. Mesmo sendo do mesmo lado do então governador (Moisés Avelino), o velho Bona pouco conseguiu. Pelo menos, na data 7 de dezembro, acontecia a transferência da capital por um dia para Miracema, cumprindo dispositivo constitucional. Mas foi por poucos anos: às vezes ignoravam a Carta Magna do Estado e não apareciam; outras só o Legislativo aparecia pela metade; e raras vezes o Executivo aparecia, de passagem.  Como no ano passado, quando rasgaram a Constituição Estadual e pisaram na cidade que deu vida ao Estado.

Sucedendo o político experiente Boanerges, o escolhido foi um produtor rural, sem experiência política, talvez por isso tenha a chancela de ‘melhor prefeito pós-capital’. O gaúcho Giordani Rotta deixou de ser apenas um homem honesto, para ser também um administrador exemplar. Honrava compromissos de qualquer natureza, de forma justa, transparente e tempo certo. Não fez obras físicas e sim sociais. Sua esposa, Dona Danda, ainda é decantada como a melhor primeira-dama que Miracema já teve. Não fazia apenas o serviço social do município, fazia também a assistência social.

Giordani deixou a prefeitura para seu sucessor, Rainel Barbosa, enxuta, transparente, sem dívida e até soma em caixa.

Em 2001, Rainel Barbosa, genro de Sebastião Borba (casado coma atual prefeita Magda Borba), passou a administrar a primeira capital d Tocantins:

(Aí é outra história e fica para a próxima Coluna do ZÉ - na 2ª feira, dia 1º de julho: Rainel, Evangelista e Mágda)  








Miracema mergulhada num caos social – I

Miracema mergulhada num caos social – I

Monday, 17 de June de 2013, às 07h 50min

Miracema mergulhada num caos social – I

O Começo

A primeira capital do Tocantins está gemendo. Uma dor intermitente, inacabável, provocada com requintes de crueldade.

Imagine você, uma mulher que aos 40 anos, desesperançada, sem que pedisse, foi levada para o altar de (a)casa(la)mento, para um matrimônio forjado para interesses obscuros e que uma dúzia de meses depois, largada ao tempo e ao vento da inglória, por políticos impróprios, despudorados e terrivelmente maldosos e malvados.


Esse é o lado triste e vergonhoso da história de Miracema do Tocantins, fundada em 1948, imposta a ser a capital de estado criado em 1988 e abandonada após a gravidez que deu vida a esse novo estado brasileiro.

Arrancado prematuramente de seu colo, o filho com status de capital lhe deu as ‘costas’ e hoje lhe dá ‘banana’.

Memoráveis e memoriáveis analistas políticos asseguram que não foi apenas um mergulho no caos social, teria sido um empurrão a quatro mãos: José Wilson Siqueira Campos e Sebastião Borba dos Santos, e explicam que, quando capital, Miracema tinha receita do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) equivalente à Goiânia/GO.

Ocorre que o então governador Siqueira Campos queria parte desse recurso para a construção da capital definitiva, gerando controvérsia com o então prefeito Sebastião Borba.

O desentendimento culminou com a brusca retirada da condição de capital da pacata cidade, para um amontoado de barracões edificados na nova capital, ainda em construção.

Dia 1º de janeiro de 1990, Palmas foi transformada em capital do Tocantins, depois de manobras documentais realizadas por Siqueira Campos, o prefeito de Taquaruçú na época, Fenelon Barbosa com seus vereadores e ainda a Assembleia Legislativa do Tocantins, presidida por Raimundo Boi.

Com a capital foi o capital, que encabeçou uma legião de seguidores formada por políticos oportunistas, empresários descompromissados e aventureiros imediatistas.

Destes, os mais espertos se locupletaram e os nada, sucumbiram.

Na outrora pacata cidade de Miracema do Norte, ficaram os idealistas compromissados e homens e mulheres enraizados.

( Nas próximas colunas: Borba, Alberane, Osmar, Boanerges, Giordani, Rainel, Evangelista e Magda; culpados ou inocentes ? )







Calma gente ! Vamos esperar os 100 dias.

Calma gente ! Vamos esperar os 100 dias.

Tuesday, 19 de March de 2013, às 23h 21min

Calma gente ! Vamos esperar os 100 dias.
 

Não é lei, tampouco norma, mas é sabido e notório que são necessários expirar os 100 primeiros dias de uma nova administração municipal, para que possamos ter ideia do que será capaz a pessoa escolhida por maioria de votos para comandar o destino do município nos próximos quatro anos desde 1º de janeiro último.

Sabemos que é óbvio e ululante, a nova gestão defenestrar a sucedida, mesmo que esta tenha deixando uma prefeitura enxuta, transparente e com saldo em caixa. Faz parte do sistema político brasileiro, mesmo quando o sucessor é do mesmo grupo que o sucedido. Neste caso, preferem o silencio, como aqueles que esgoelam uma herança maldita, mas não mostram provas.

Quem roda o Tocantins sabe que a maioria esmagadora das prefeituras completaram seu último quadriênio ornamentadas de valas, buracos, entulhos e caos social. A começar pela capital Palmas, o visual dos demais municípios no inicio do ano, agravado pelo período chuvoso, era de causar raiva da administração que saia e esperança na que chegava.
Talvez por esta razão, um sentimento de angustia tenha invadido os munícipes, provocando ira e pré-julgamento dos gestores.

Assim como no futebol, quando jogadores que estão fora taxam de sacripantas os que estão em jogo por não conseguir defender e atacar, devido às condições do campo ou a força do adversário, na política também acontece isso, e quando estão no poder, podem repetir os mesmos erros, até maquiados ou de cara limpa.

Agora, 100 dias: nem mais nem menos, são suficientes para você vislumbrar como vai ficar sua cidade e seu campo. As zona rural e urbana são termômetros para qualificar uma gestão. Uma desenvolve para dentro, outra para fora. Isto é: a cidade tem que estar limpa, cuidada, em evolução e sua gente urbana com trabalho e renda; a zona rural, incluindo os assentamentos, tem que estar com reservas de água, mudas e sementes, máquinas e transporte agrícola e suas vias vicinais incluindo bocas de lobo e mata-burros, em condições de manejo e escoamento.

Por isso, calma gente! Esperem completar os 100 dias. Aí voltamos a falar... daqui e de acolá.


Eleitos e diplomados; que venha a posse

Eleitos e diplomados; que venha a posse

Saturday, 29 de December de 2012, às 07h 56min

Eleitos e diplomados; que venha a posse

As diplomações dos candidatos eleitos para os executivos e legislativos municipais, já ocorreram praticamente em todo o Estado. Uma espécie de contagem regressiva – eleição, diplomação e posse – para os primeiros cem dias de governo, a partir de 1º de janeiro, considerando que, a boa ou a má administração do município, depende da governabilidade proporcionada pela Câmara de Vereadores.

Uma explicação ‘curta e grossa’ para os gestores municipais investirem ‘inexplicavelmente’ em vereadores que desonram ideais partidários, correligionários e, principalmente, eleitores, com objetivo de fazer maioria na Casa de Leis, a fim de exercerem a tal governabilidade, possível de carregar junto às arbitrariedades.

Na verdade, os primeiros cem dias de governo municipal, podem vislumbrar os demais. Alegar que primeiro precisa arrumar a casa, é comum. Uma boa dona-de-casa arruma a moradia enquanto faz o almoço, já dizia a vovó.

Por esta razão, bons gestores são aqueles que assumem uma administração, empunhando o relatório da transição que aponta como está recebendo a missão. Confere o relato com o exato, divulgando o que viu e informando o que não viu.


José carlos de Almeida - Editor

Senna acena do céu

Senna acena do céu

Wednesday, 23 de May de 2012, às 11h 06min
Nesta terça-feira, 1º de maio, Dia do Trabalho, completam, 18 anos que o piloto Ayrton Senna da Silva morreu num acidente durante a corrida de Formula 1 no circuito de Ímola, no Grande Premio de San Marino.
Na oportunidade o jornalista, radialista e publicitário, José Carlos de Almeida publicou uma homenagem de sua autoria na edição impressa do MIRA Jornal.


Senna acena do céu

Acordei dia 1º de maio, “Dia do Trabalho” ... sorrindo.
Além de ser um domingo, era meu dia porque também sou trabalhador. Trabalhador... naquele dia, ‘da Silva’. Era dia de ver Ayrton Senna da Silva, o mágico da formula um.
Beijei minha mulher, meus filhos e festejei: “Meus amores, hoje é domingo. É dia de Senna. Ayrton Senna do Brasiiiiil!”. Brinquei imitando Galvão Bueno, completando com um vibrante ‘Thã-thã-thã-thã... ‘.
O sol lindo e forte. A TV ligada. No relógio nove horas. Abro uma cerveja gelada. Pintou a volta de aquecimento. Meu Deus... (veio a lembrança)... na sexta o acidente com Rubinho Barrichello; no sábado, o austríaco Ratzenberger morreu ali. – “sai pressentimento! – ordenei, batendo três vezes na mesinha de madeira no centro da sala. Olha lá, olha lá! Sinal verde,,, vai começar... começou, começou!
Senna na ‘póle’. Hiii!!! Bateram lá atrás. Olha só no alto do vídeo! Meu Deus! – “Cancelem essa prova” – balbuciei. Qual nada, a corrida recomeçou. Senna continua na frente. Completou a sexta volta. Entrou na sétima. Mais um gole... completei meu copo – “Traz mais uma” – vibrei. E veio a curva. Veio o muro, Veio a agonia. O socorro pelo amor de Deus! Demorou, mas chegou. Jesus! Que sangue é aquele? O helicóptero entrou em cena... subiu com Senna. Foi buscar vida no hospital de Bologna.
De que adianta... Ele virou anjo. Senna já acena do céu!
Acabou o domingo, o almoço de domingo. Olhei o copo vazio, há! Já sei: cochilei e sonhei – “Quem chegou em segundo? – Pensei. Veio o flash: Ayrton Senna está morto.
Vieram as lágrimas. Eu choro, tu choras, ele chora. O nosso verbo da saudade. Perdemos um herói.
Nós não sabíamos que te amávamos tanto, A tarde passou e a noite acabou.
Fui dormir dia 1º de maio – Dia do Trabalho ... chorando.


(Por José Carlos de Almeida)

Senna acena do céu

Senna acena do céu

Tuesday, 01 de May de 2012, às 20h 25min


Senna acena do céu


Acordei dia 1º de maio, “Dia do Trabalho” ... sorrindo.
Além de ser um domingo, era meu dia porque também sou trabalhador. Trabalhador... naquele dia, ‘da Silva’. Era dia de ver Ayrton Senna da Silva, o mágico da formula um.

Beijei minha mulher, meus filhos e festejei: “Meus amores, hoje é domingo. É dia de Senna. Ayrton Senna do Brasiiiiil!”. Brinquei imitando Galvão Bueno, completando com um vibrante ‘Thã-thã-thã-thã... ‘.

O sol lindo e forte. A TV ligada. No relógio nove horas. Abro uma cerveja gelada. Pintou a volta de aquecimento.

Meu Deus... (veio a lembrança)... na sexta o acidente com Rubinho Barrichello; no sábado, o austríaco Ratzenberger morreu ali. – “sai pressentimento! – ordenei, batendo três vezes na mesinha de madeira no centro da sala.

Olha lá, olha lá! Sinal verde,,, vai começar... começou, começou!
Senna na ‘póle’. Hiii!!! Bateram lá atrás. Olha só no alto do vídeo! Meu Deus! – “Cancelem essa prova” – balbuciei.

Qual nada, a corrida recomeçou. Senna continua na frente. Completou a sexta volta. Entrou na sétima. Mais um gole... completei meu copo – “Traz mais uma” – vibrei.

E veio a curva. Veio o muro, Veio a agonia. O socorro pelo amor de Deus! Demorou, mas chegou. Jesus! Que sangue é aquele? O helicóptero entrou em cena... subiu com Senna.
Foi buscar vida no hospital de Bologna.

De que adianta... Ele virou anjo. Senna já acena do céu!

Acabou o domingo, o almoço de domingo. Olhei o copo vazio, há! Já sei: cochilei e sonhei – “Quem chegou em segundo? – Pensei.
Veio o flash: Ayrton Senna está morto.

Vieram as lágrimas. Eu choro, tu choras, ele chora. O nosso verbo da saudade. Perdemos um herói.
Nós não sabíamos que te amávamos tanto, A tarde passou e a noite acabou.
Fui dormir dia 1º de maio – Dia do Trabalho ... chorando.

(Por José Carlos de Almeida)

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