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Fonte: http://www.miratocantins.com.br/noticia.php?l=0949b0b0d2352d455cdbd8c1a6263f84

Miracema mergulhada num caos social – I

17/06/2013 07:50:53


Miracema mergulhada num caos social – I

O Começo

A primeira capital do Tocantins está gemendo. Uma dor intermitente, inacabável, provocada com requintes de crueldade.

Imagine você, uma mulher que aos 40 anos, desesperançada, sem que pedisse, foi levada para o altar de (a)casa(la)mento, para um matrimônio forjado para interesses obscuros e que uma dúzia de meses depois, largada ao tempo e ao vento da inglória, por políticos impróprios, despudorados e terrivelmente maldosos e malvados.


Esse é o lado triste e vergonhoso da história de Miracema do Tocantins, fundada em 1948, imposta a ser a capital de estado criado em 1988 e abandonada após a gravidez que deu vida a esse novo estado brasileiro.

Arrancado prematuramente de seu colo, o filho com status de capital lhe deu as ‘costas’ e hoje lhe dá ‘banana’.

Memoráveis e memoriáveis analistas políticos asseguram que não foi apenas um mergulho no caos social, teria sido um empurrão a quatro mãos: José Wilson Siqueira Campos e Sebastião Borba dos Santos, e explicam que, quando capital, Miracema tinha receita do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) equivalente à Goiânia/GO.

Ocorre que o então governador Siqueira Campos queria parte desse recurso para a construção da capital definitiva, gerando controvérsia com o então prefeito Sebastião Borba.

O desentendimento culminou com a brusca retirada da condição de capital da pacata cidade, para um amontoado de barracões edificados na nova capital, ainda em construção.

Dia 1º de janeiro de 1990, Palmas foi transformada em capital do Tocantins, depois de manobras documentais realizadas por Siqueira Campos, o prefeito de Taquaruçú na época, Fenelon Barbosa com seus vereadores e ainda a Assembleia Legislativa do Tocantins, presidida por Raimundo Boi.

Com a capital foi o capital, que encabeçou uma legião de seguidores formada por políticos oportunistas, empresários descompromissados e aventureiros imediatistas.

Destes, os mais espertos se locupletaram e os nada, sucumbiram.

Na outrora pacata cidade de Miracema do Norte, ficaram os idealistas compromissados e homens e mulheres enraizados.

( Nas próximas colunas: Borba, Alberane, Osmar, Boanerges, Giordani, Rainel, Evangelista e Magda; culpados ou inocentes ? )