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Fonte: http://www.miratocantins.com.br/noticia.php?l=379747cc3bc82f0b8496bfc3fa08289e

Nossos mortos... nossa história

03/11/2013 20:01:07

Nossos mortos... nossa história

Foto:JCA/MIRA (Arquivo)


Cemitério Municipal São João Batista, em Miracema


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. Neste Dia dos Mortos, Finados para nós outros, como faço todos os anos aqui em Miracema, desde que perdi meu pai no Rio de Janeiro em 2005, caminho por entre as catacumbas onde estão plantados saudosos homens e mulheres que em suas passagens pela vida ajudaram a escrever a história de Miracema.
Alguns conheci nestes vinte e poucos anos que tenho de Miracema; muitos conheci apenas a história e os exemplos. Com este último baluarte da política miracemense, exercida com louvor, o velho Bona (Boanerges Moreira de Paula), como se referia ao pai seu filho Carlito - injustiçado pelo preconceito e ingratidão de uma massa ignorante e de manobra, que decide o destino de uma cidade que só quer brilhar no céu do Tocantins - percebi que a honestidade politica existe, quando o homem que a exerce é do bem.
Vi o primeiro prefeito nomeado, Nereu Vasconcelos, em sua lápide, no sono eterno de quem fez sua parte.
Vi o primeiro prefeito eleito, Eurípedes Coelho, acompanhando a história que seguiu escrita por sucessores contínuos e mais tarde repetidos, adormecido também naquela casa de repouso absoluto e definitivo.
Passei pelo túmulo de Sebastião Borba, prefeito da era primeira capital, no descanso em paz com sua esposa Neusa Borba.
Entre muitas outras edificações que abrigam corpos de almas imortais, como os casais Chico e Úrsula Coelho, Oscar Sardinha Filho e Mirtes Giglio, Dorival e sua filha Kamylla, Augusto Pinheiro que glorificou a OAB, Raimundo Bela, o vereador quase prefeito e Boanerges, o prefeito perfeito de três mandatos, entre outros.
Varri o cemitério com meus pés calçados e fui batê-los no chão do quintal da Catedral Santa Terezinha, onde prolonguei meu pesar no local onde descansam em paz, Dom João José, o bispo de Miracema que sucedeu o saudoso Dom Jaime Collins e antecedeu Dom Philip Diekmans, ao lado do homem bom: padre Cícero José de Sousa.
Minhas orações aprofundaram com minhas lágrimas um sentimento de agradecimento pelas páginas por eles escritas na história de Miracema.
Viajei com os conhecidos de vida e de história na carruagem da saudade e voltei á realidade com a sensação de que, eles, de onde estiverem, continuam fazendo tudo pela cidade que amaram, através daqueles que vêm seguindo seus exemplos, mesmo à despeitos daqueles que não honram pai e mãe, provocando o afundamento no poço do caos, jogada, no mínimo, nos últimos cinco anos e meio. Amém!