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Fonte: http://www.miratocantins.com.br/noticia.php?l=e58afa55e0cd5ac62a90a688a43a7273

Miracema mergulhada num caos social – II

24/06/2013 11:03:37


Miracema mergulhada num caos social – II

O Meio
 

... e Miracema deixou de ser capital do Tocantins.

Os decibéis atingidos pelo barulho da euforia popular, quando foi escolhida - dia 7 de dezembro de 1988 - para ser o berço nascedouro de uma nova estrela que surgia na bandeira brasileira, foram calados pelo silencio fúnebre do dia 1º de janeiro de 1990, quando o punhal da covardia foi cravado, por Siqueira Campos e Sebastião Borba, no peito daquela que deu seu ventre para nascer o novo estado, seu colo para criar os três poderes estaduais (Executivo, Legislativo e Judiciário) e seus seios para amamentar a ganância de oportunistas e aproveitadores, travestidos de políticos, comerciantes, fazendeiros e atravessadores.


Depois disso, Siqueira se fez ‘dono’ do Tocantins, culminando hoje em exercício de um quarto mandato de governador; Borba virou deputado estadual e largou a bomba nas mãos do seu vice-prefeito, Osmar Barbosa.

Na verdade, Osmar não recebeu apenas uma bomba e sim um saco de bombas que foram explodidos sequencialmente, torturando cruelmente os miracemenses.

A esperança aflorou nas eleições de 1992. Recomeçar era a palavra de ordem e o ponto de partida seria a fama de Boanerges Moreira de Paula, de ter realizado duas excelentes administrações em Miracema, quando ainda do Norte, que na época tinha área territorial cinco vezes maior, englobando vários distritos que foram transformados em cidades.

Foram quatro anos de espera, que a esperança se realizasse. Mesmo sendo do mesmo lado do então governador (Moisés Avelino), o velho Bona pouco conseguiu. Pelo menos, na data 7 de dezembro, acontecia a transferência da capital por um dia para Miracema, cumprindo dispositivo constitucional. Mas foi por poucos anos: às vezes ignoravam a Carta Magna do Estado e não apareciam; outras só o Legislativo aparecia pela metade; e raras vezes o Executivo aparecia, de passagem.  Como no ano passado, quando rasgaram a Constituição Estadual e pisaram na cidade que deu vida ao Estado.

Sucedendo o político experiente Boanerges, o escolhido foi um produtor rural, sem experiência política, talvez por isso tenha a chancela de ‘melhor prefeito pós-capital’. O gaúcho Giordani Rotta deixou de ser apenas um homem honesto, para ser também um administrador exemplar. Honrava compromissos de qualquer natureza, de forma justa, transparente e tempo certo. Não fez obras físicas e sim sociais. Sua esposa, Dona Danda, ainda é decantada como a melhor primeira-dama que Miracema já teve. Não fazia apenas o serviço social do município, fazia também a assistência social.

Giordani deixou a prefeitura para seu sucessor, Rainel Barbosa, enxuta, transparente, sem dívida e até soma em caixa.

Em 2001, Rainel Barbosa, genro de Sebastião Borba (casado coma atual prefeita Magda Borba), passou a administrar a primeira capital d Tocantins:

(Aí é outra história e fica para a próxima Coluna do ZÉ - na 2ª feira, dia 1º de julho: Rainel, Evangelista e Mágda)