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Padre é preso no interior do Goiás suspeito de dopar e estuprar jovem em 2017

19/07/2021 14:42:44

Foto: Reprodução/Facebook
Padre Ricardo Campos Parreiras
 Vítima é do Rio de Janeiro e estava em Goiás fazendo trabalhos missionários quando conheceu o padre; Crime teria ocorrido há cinco anos.

O padre Ricardo Campos Parreiras, de 45 anos, foi preso temporariamente, suspeito de estupro contra um jovem em Nova Crixás, município do interior goiano. Ele tinha um mandado de prisão em aberto, que foi cumprido no último dia 14, em Goiânia. A denúncia teria sido feita pelo Ministério Público do Rio Janeiro, onde a vítima mora e onde ingressou com o processo.



A Arquidiocese de Goiânia informou que o Pe. Ricardo  pertence à Diocese de Miracema do Tocantins 

André Barbosa delegado regional de Porangatu, que também responde pelo município de Nova Crixás, disse a imprensa que a investigação foi concluída e enviada ao Judiciário do estado de Goiás, ressaltando que o processo corre em segredo de Justiça. Na oporrtunidade a assessoria de imprensa da Polícia Civil confirmou a prisão do padre. Já a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) informou que ele está detido no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

JUSTIÇA
Nota-se a presença dos pressupostos da materialidade do crime e fortíssimos indícios da autoria com relação ao acautelado, considerando as provas acostadas, inclusive depoimento da vítima e do psicólogo que a atendeu”, escreveu na centença a juíza Marianna de Queiroz Gomes, decretada dia 8 de julho.

VITIMA
Na época com 18 anos (hoje com 23) a vítima contou à Justiça que demorou para fazer a denúncia porque tinha receio da repercussão do caso, já que o padre era conhecido de seu avô, que não sabia do suposto crime.

Em seu depoimento o jovem contou que o estupro teria aconteceu durante viagem com o avô para trabalho missionário naquela cidade interiorana, onde teria conhecido o padre em sua residência onde ficou hospedado na compania do avô. por quase uma semana.

Enquanto estive na casa, ele ficava puxando conversa e tentando se aproximar. Na última noite que dormi no local, ele me chamou na sala quando saí do banho. Achei estranho, porque era de noite, meu avô estava dormindo, mas fui lá conversar com ele”, contou.

A suposta vitima relata que sentou em um lado do sofá enquanto o padre teria sentado no outro lado, ficando fisicamente afastados. Mesmo assim, relata que durante a conversa o religioso teria abordado temas sexuais. “Eu estava incomodado com o assunto. Ele percebeu e me ofereceu um suco de uva. Fiquei na dúvida porque sou bem pé a trás com tudo, mas aceitei. Enfim, era um padre, não desconfiei no momento. Ele colocou alguma droga no suco”, avaliou.

Segundo o jovem, quando a suposta droga começou a fazer efeito, o padre iniciou a aproximação física, quando pegou por três vezes em seu órgão genital, mandando em seguida ele ir para o quarto, observando que deixaria a porta trancada. “Só lembro de acordar no outro dia com a calça folgada e todo molhado. Até tranquei a porta, mas acho que ele tinha uma cópia da chave. Nos dias seguintes, senti muita dor. Tenho certeza que fui drogado e estuprado por ele”, relatou.

A suposta vitima ainda contou que os dois chegaram a se reencontrar no Rio de Janeiro, em 2019, observando que o religioso é conhecido de seu avô. “Fui até a casa do meu avô, sem saber que ele estava lá, e o reencontrei depois de dois anos do estupro. Ele veio até me pedir desculpa por ter tocado no meu órgão genital. Como ele é uma figura influente, fiquei com medo de ele fazer algo contra a minha família, mas tomei coragem e o denunciei”, concluiu.

ACUSADO
A Arquidiocese de Goiânia informou que Padre Ricardo pertence à Diocese de Miracema do Tocantins, onde foi ordenado em 2012, e estava em Goiânia acompanhando a saúde da mãe. .
O bispo Philip Eduard Roger Dickmans, responsável pela diocese de Miracema do Tocantins, segundo publicado na imprensa goiana, preferiu não se pronunciar sobre o caso.

Através de correspondente o MIRA vem tentando contato com a defesa do padre que está preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
(Da Redação/MIRA - com informações do G1GO)