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Conflito entre Israel e palestinos: violência na Cisjordânia agrava tensão na crise

15/05/2021 09h53

CRÉDITO,AFP Grupo Hamas lançou grande número de foguetes sobre várias cidades israelenses
A escalada do conflito entre palestinos e israelenses chegou à Cisjordânia cinco dias após o início de uma onda de violência na região.

O que começou na última segunda-feira (10) como uma série de tumultos contra o despejo de famílias palestinas de um bairro de Jerusalém Oriental, evoluiu para um confronto entre grupos palestinos na Faixa de Gaza e as forças de defesa israelenses, se espalhou para dentro do território israelense, com violência entre civis de ambos os lados, e atingiu a Cisjordânia.


GETTY IMAGES


Militares israelenses entram em confronto com manifestantes na Cisjordânia no que já é a mais
grave onda de violência na região desde 2014


Jovens palestinos entraram em confronto com militares israelenses em diferentes cidades na Cisjordânia, que assistiu a protestos violentos nesta sexta.

Os palestinos atiraram coquetéis molotov, enquanto as forças de defesa de Israel usaram gás lacrimogêneo, balas de borracha e reais.

Poucas vezes nos últimos anos viu-se uma situação como a atual, em que a violência está espalhada por praticamente todo o território simultaneamente, diz o correspondente para assuntos de diplomacia da BBC, Paul Adams. O quadro é o mais grave pelo menos desde 2014.

Os palestinos estão há décadas territorialmente divididos. Uma parte está na Faixa de Gaza, na costa do Mediterrâneo, e outra está na Cisjordânia, na fronteira com a Jordânia. A geografia atual da região é resultado de anos de conflito, em que Israel passou a anexar áreas previstas para o Estado palestino conforme o plano de partilha feito pela ONU em 1947.

Com o tempo, Gaza e Cisjordânia foram se distanciando em termos políticos e administrativos. A primeira é hoje governada pelo grupo islâmico Hamas, enquanto a segunda é liderada pelo partido laico Fatah.

Desde o início da semana, o Hamas vem lançando mísseis em direção ao território israelense em resposta ao despejo de famílias palestinas de Jerusalém oriental. As forças de defesa de Israel, por sua vez, têm bombardeado edifícios usados pelo Hamas.

Há mortes de civis de ambos os lados. O número de vítimas entre os palestinos, contudo, é significativamente maior, já que Israel dispõe de um robusto arsenal militar, que inclui um sistema de defesa aéreo antimísseis batizado de Iron Dome ("cúpula de ferro").

Até esta sexta, 10 palestinos haviam morrido na Cisjordânia e centenas estavam feridos. 122 morreram em Gaza e 8 em Israel.

Desde o início da semana, o Hamas vem lançando mísseis em direção ao território israelense em resposta ao despejo de famílias palestinas de Jerusalém oriental. As forças de defesa de Israel, por sua vez, têm bombardeado edifícios usados pelo Hamas.

Há mortes de civis de ambos os lados. O número de vítimas entre os palestinos, contudo, é significativamente maior, já que Israel dispõe de um robusto arsenal militar, que inclui um sistema de defesa aéreo antimísseis batizado de Iron Dome ("cúpula de ferro").

Até esta sexta, 10 palestinos haviam morrido na Cisjordânia e centenas estavam feridos. 122 morreram em Gaza e 8 em Israel.

A violência não deve arrefecer nos próximos dias, como afirmou em entrevista à BBC Mark Regev, conselheiro do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu

"Nós não queríamos esse conflito, mas agora que ele começou precisa acabar com um período sustentado de calma, que só será alcançado quando Israel derrubar o Hamas, sua estrutura militar, comando e controle, sua rede de comunicação, seu arsenal."

A analista política Nour Odeh, por sua vez, que já foi porta-voz da Autoridade Palestina, afirmou que é preciso considerar o contexto mais amplo.

"Não podemos apenas dizer que o Hamas precisa parar de atirar foguetes. Temos que fazer as perguntas difíceis. Até quando Israel vai continuar a manter Gaza sob sítio?", diz ela, referindo-se ao bloqueio econômico e comercial colocado por Israel desde que o Hamas assumiu o poder, em 2007.

Com o controle minucioso da entrada de produtos agrícolas, materiais de construção e medicamentos, organizações como a Anistia Internacional já classificaram a situação em Gaza como uma crise humanitária.

ENTENDA
Para entender essa disputa, temos que voltar a 1948, quando, após a primeira guerra árabe-israelense, Jerusalém foi dividida em duas partes: Jerusalém Oriental, sob controle árabe; e Jerusalém Ocidental, nas mãos de Israel.

O que começou como uma série de tumultos contra os planos de despejo dessas famílias em Sheikh Jarrah escalou para o lançamento de foguetes da Faixa de Gaza contra Israel e a resposta das forças israelenses com ataques aéreos contra Gaza.

Sheikh Jarrah é um bairro palestino na parte oriental de Jerusalém. E agora um grupo de colonos judeus está reivindicando algumas de suas terras e propriedades em tribunais israelenses — daí a ameaça de despejo de famílias palestinas.
(Da Redação/MIRA-com infrmções de agencias internacionais)

   

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