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Esporte

FLU supera FLA e ganha Cariocão 2022; Depois dos 2 a 0 no primeiro jogo, empate em um gol garante título

02/04/2022 22h10

Foto: Divulgação FLUMINENSE CAMPEÃO CARIOCA 2022
 Abel acerta em mudanças, é superior nas finais e aproxima Fluminense do estilo de jogo ideal

O roteiro que vem se tornando quase que repetitivo em Fla-Flus, desta vez, caiu por terra no empate em 1 a 1, na final do Campeonato Carioca, na noite do último sábado, no Maracanã, que garantiu o título estadual ao Fluminense após 10 anos.

Se estamos acostumados nos clássicos com um Flamengo buscando mais o jogo, controlando o meio de campo e tendo a posse de bola, com um Fluminense mais acuado, esperando uma oportunidade de contra-atacar e matar o confronto, desta vez, não foi o que aconteceu.

Mesmo com a vantagem de perder até por um gol de diferença para ficar com o título, o Fluminense não se escondeu no placar conquistado no primeiro jogo por 2 a 0 e foi superior ao Flamengo como um todo.

Com uma atuação nos 45 minutos iniciais que há muito tempo não se via em primeiros tempos do time, o Fluminense jogou com as linhas avançadas, trabalhando a bola e apresentando volume de jogo. O Flu terminou a primeira etapa com 58.37% de posse de bola, contra 41.63% do Flamengo.

O mérito é coletivo, mas começa principalmente nas escalações nas duas partidas decisivas feitas pelo técnico Abel Braga, alvo de tantas críticas na temporada após a eliminação para o Olimpia na pré-Libertadores e diante do fraco desempenho contra o Botafogo nas semifinais.

A mudança feita pelo comandante, em colocar John Arias no lugar de Willian Bigode, foi uma leitura perfeita do que o Fluminense precisava para ameaçar o Flamengo na partida de volta desde o início.

Sem contar com Felipe Melo, que terá que passar por cirurgia no joelho, o treinador manteve o esquema com três zagueiros, com o retorno de Nino, e conseguiu tirar a vantagem do meio de campo graças à manutenção de acertos do jogo anterior: Yago no lugar de Martinelli e dando fim ao esquema com três atacantes para colocar Paulo Henrique Ganso como homem criativo.

A grande noite de André e a junção dos homens de meio com o ataque fizeram o Fluminense ter mais recursos e não somente esperar o adversário. O gol sofrido pelo Flu, inclusive, aconteceu em um momento em que a equipe atuava bem e com as linhas altas - Arrascaeta levou a melhor em cima de Manoel e cruzou para o gol de Gabigol, que estava no um contra um com David Braz.

O gol feito pelo Fluminense nos momentos finais da primeira etapa, que freou a ascensão rubro-negra, no entanto, reforça a tese que Abel acertou em finalmente optar por um meio com armador. Cano mandou para a rede após Ganso trocar passes com Cris Silva e na sequência tabelar com John Arias, responsável por mais uma assistência para o argentino, que é sem dúvidas, o nome do título com três gols em dois jogos nas finais.

No segundo tempo, com o 1 a 1 já no placar, e o Flamengo precisando do gol, naturalmente, o Fluminense passou a se defender mais: a posse de bola caiu para 44.45% contra 55.55% do time comandado por Paulo Sousa. Porém, o volume rubro-negro na etapa final não foi suficiente para superar o controle tricolor do jogo, que soube se postar bem na defesa.

O Fluminense terminou a partida com 51.73% de posse de bola, contra 48.27% do adversário. Um cenário diferente dos últimos encontros, quando o Flamengo foi mais dominante.

Posse de bola

Primeiro tempo: Fluminense: 58.37% Flamengo: 41.63%
Segundo tempo: Fluminense: 44.45% Flamengo: 55.55%
Total: Fluminense: 51.73% Flamengo: 48.27%
Fonte: Footstats

Os estaduais não podem ser usados como parâmetros para a temporada, assim como não podem mascarar problemas como os que o Fluminense enfrenta no extracampo, como a crise financeira.

A vitória tática de Abel Braga contra Paulo Sousa nas duas boas atuações tricolores diante do Flamengo não apagam o que ocorreu no Fluminense até os jogos finais do Campeonato Carioca.

Mas mostram luz a um time que precisava muito de um título, jogou o ideal contra um adversário mais forte tecnicamente e com mais investimentos, e que pode, sim, variar esquemas táticos e se adaptar a diferentes estilos de jogo para sonhar com mais conquistas.

Pois se muitas vezes nos últimos tempos o Fluminense venceu Fla-Flus com a camisa tricolor jogando sozinha, desta vez, tomando de exemplo o que escreveu Nelson Rodrigues certa vez, nem que seja somente para o Carioca de 2022 ou para os próximos dias, o torcedor tricolor vai poder olhar para os vizinhos rubro-negros e dizer: "eu sou melhor que ele".

"Torcer para o Fluminense é uma maneira de você olhar para o seu vizinho e dizer! sou melhor que ele", Nelson Rodrigues.

Afinal, é tempo de sorrir, torcida tricolor! Então, sorria! Que o campeão é o Flu!
GE/Gustavo Garcia — Rio de Janeiro


   

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