Banda Larga da internet deve chega a 150 cidades
13/09/2011 20h09
Caio Bonilha falou sobre o Plano Nacional da Banda Larga.
Mais de 20 provedores já estão usando a rede da Telebrás.
O Plano Nacional da Banda Larga (PNBL) deve atenda 150 cidades até o fim de 2011, afirmou nesta terça-feira (13) o presidente da Telebrás, Caio Bonilha, durante a Futurecom, em São Paulo. “Para este ano, nossa projeção é chegar, junto com a rede de parceiros, a 150 cidades”. O número é mais “pé no chão”, segundo Bonilha, do que a previsão feita em 2010 de atender 1.063 cidades até o fim de 2011.
Ele também afirmou que mais de 20 provedores já estão usando a rede da Telebrás, no Distrito Federal e em Goiás. “Cada dia entra um provedor novo, já não consigo acompanhar mais”. No fim de setembro, a rede da Telebrás irá ligar Brasília a Imperatriz, no Maranhão, e Brasília-Campinas, de acordo com Bonilha.
Os estados com mais cidades listadas são Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com 8 cada. Nenhuma dos cem municípios fica nos estados da região Sul.
No Norte, apenas Tocantins, com 6 cidades, entrou na lista. Já o Centro-Oeste será beneficiado com a implantação do projeto em 6 municípios goianos.
SAIBA MAIS
Entenda o Plano Nacional de Banda Larga“A rede estará disponível para mais de 500 cidades entre Brasília e Campinas e Brasília e Imperatriz. No entanto, isso não quer dizer que vamos ligá-la. Somente vamos ligar naquelas cidades que tivermos uma demanda estabelecida”. Sobre o acordo com a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), no Rio Grande do Sul, Bonilha afirmou que a rede fará a rota Porto Alegre-Rio Grande ainda em 2011.
Dos mais de 3 mil provedores de internet que existem no Brasil, mais de 600 já estão cadastrados para participar do PNBL na medida que a rede avança, segundo Bonilha. “Só a competição pode aumentar a inclusão e a qualidade. Por isso, não damos descontos para aqueles que atendem mais municípios. Não queremos que os grandes continuem sufocando os pequenos”.
Entenda o Plano Nacional de Banda Larga
A intenção é oferecer velocidade de 1 Mbps com preços a partir de R$ 35.
Telebrás é a gestora do plano, que terá parceria de operadoras de telefonia.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse que o governo entrou em acordo com as teles sobre a proposta do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que pretende levar internet com velocidade de 1 Mbps para todo o país, com custo de R$ 35 ao mês para os assinantes. Entenda como funciona o PNBL:
PERGUNTAS E RESPOSTAS
O que é o Plano Nacional de Banda Larga?
O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) teve seu lançamento oficial em maio de 2010. Seu objetivo é massificar até 2014 a oferta de acessos de internet banda larga para a população.
Qual a velocidade da banda larga que o PNBL deve oferecer? Qual o preço?
A intenção é oferecer velocidade de 1 Mbps com preços a partir de R$ 35. As mensalidades dos planos de 1 Mbps oferecidos hoje pela maioria das operadoras custam a partir de R$ 39,90, considerando os preços de São Paulo. A banda larga poderá chegar a R$ 29,90 nos estados que aceitarem retirar o ICMS do serviço.
Para baixar um arquivo de 1,2 GB da internet com conexão de 1 Mbps, o usuário levaria 2h40, em média.
Quantas pessoas devem ser beneficiadas pelo PNBL?
A expectativa do governo é disponiblizar o serviço de 11,9 milhões de domicílios para quase 40 milhões de domicílios até 2014.
Qual a participação do governo no PNBL? E das operadoras de telefonia?
A estatal Telecomunicações Brasileiras S.A. (Telebrás) é a gestora do plano e as empresas privadas atuarão de forma complementar, levando o serviço ao usuário final. A Telebrás será encarregada de implementar a rede de comunicação da administração pública federal e prestar suporte a políticas de conexão à internet em banda larga para universidades, centros de pesquisa, escolas, hospitais e outras localidades de interesse público.
Quanto vai custar ao país a criação do PNBL?
Na época do anúncio do plano, a previsão do custo do PNBL de 2010 a 2014, entre desonerações, capitalização da Telebrás, investimentos em pesquisa e financiamentos, era de aproximadamente R$ 12,8 bilhões. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ficou encarregado de emprestar R$ 6,5 bilhões para aquisição de equipamentos de telecomunicações com tecnologia nacional, e R$ 1 bilhão para micro, pequenos e médios prestadores de serviços de telecomunicações e lan houses.
Laura Brentano
Do G1, em São Paulo
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