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Coluna do Zé

Nada contra Palmas; tudo a favor. Mas também porque tudo contra Miracema; tudo em desfavor? (ou Um Sorriso e Uma Lágrima)

23/05/2016 23h14

Na última sexta-feira, dia 20, foi comemorado o aniversário de Palmas, capital do Tocantins. Na oportunidade foi festejado, segundo as divulgações, os 27 anos do lançamento da ‘Pedra Fundamental, ’ para a construção de uma cidade para ser a capital definitiva do Estado do Tocantins.

Lembro que o Estado foi criado pela promulgação da Constituição Brasileira em 5 de outubro de 1988. Lembro ainda que dia 7 de dezembro, o então município de Miracema do Norte, foi escolhido para ser capital provisória do Tocantins, até que fosse criado e construído o município de Palmas para onde seria transferida a Capital do Tocantins, de acordo com o projeto do primeiro governador José Wilson Siqueira Campos.

Segundo a história, em 1º de janeiro de 1989, foi instalada a primeira capital, a partir de onde nasceram os três poderes estaduais. Data que marca também a composição do nome de Miracema do Norte, para ser do Tocantins.

Aquele ano (1989) Miracema foi capital, quando foi berço nascedouro de tudo, principalmente da Carta Magna (Constituição) do Estado. Palmas passou a existir, mesmo de forma improvisada, a partir de 1º de janeiro de 1990.

É histórico e verdadeiro que Palmas teve apenas sete meses e dez dias (de 20 de maio a 31 de dezembro de 1989) para ser criada com a manobra dos então Executivo e Legislativo, com aquiescência do Judiciário, para inverter direitos e deveres de Taqurussu do Porto com a área em construção e adjacências que hoje é Palmas. Tudo às pressas devido a indisposição entre o Siqueira Campos e o então prefeito de Miracema, Sebastião Borba.

A precipitação de Siqueira o fez lançar o inicio da obra que mesmo inconclusa recebeu toda a estrutura governamental, abrigada em barracões de madeira com água precária e esgoto a céu aberto.

Quando se festeja o aniversário de Palmas, nasce um sorriso em muitos rostos, pelo testemunho de uma cidade construída, pela maravilha que se tornou a capital do Tocantins e pela emoção de estar nela ou próxima cultivando perspectiva de futuro.

Mas, em poucos, como nesse velho escriba, depois do sorriso correm lágrimas de tristeza, não somente pelo descaso imposto àquela que foi capital do Tocantins, mas também pela injustiça do não reconhecimento do período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 1989, quando foi capital e serviu de ventre para o Estado nascer. Nas comemorações apagam o ano que Miracema foi capital provisória, que acrescentam aos 26 anos da existência de Palmas como capital.

Para nós outros, dia 20 de maio 1989 é o dia que Miracema foi condenada ao caos a partir do primeiro dia do ano seguinte.
Agora esse último dia 20, Palmas completa 27 anos de lançamento da construção de barracões de madeira, porque a capital, ainda ficou com Miracema até o último dia daquele ano.
Nada contra Palmas; tudo a favor. Mas também porque tudo contra Miracema; tudo em desfavor?

   

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