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Coluna do Zé

Miracema, uma história de amor

23/08/2013 12h28

Miracema, uma história de amor

Neste 25 de agosto, Miracema do Tocantins completa 65 anos de emancipação política. De 1948 a 2013, a “boa terra” – como é chamada pelos conservadores da cidade – vem convivendo com  tempestades e raras bonanças.

Antes de libertar-se do jugo de Santa Maria do Araguaia (hoje Araguacema), Miracema foi Bela Vista – nome dado pelo primeiro morador, Pedro Praxedes, no início dos anos 20.

Já nos anos 40, o saudoso Américo Vasconcelos, em homenagem aos indigernas Xerentes, batizou o distrito com o nome de Miracema - que significa: ‘Olhando águas.

Como o então governo Getúlio Vargas proibia a duplicidade de nomes, um fatídico decreto de dezembro de 1943, denominava o distrito com a toponímia de Cherente (com ch mesmo), que prevaleceu até 25 de agosto de 1948, quando João Reis, Américo Vasconcelos, Zacarias Rocha, Elias Bozaipo e Delfino Araújo, foram buscar a legenda do PSB com o então senador Domingos Velásquez, em Goiânia para disputar as eleições, já que o PSD e a UDN estavam nas mãos de um casal em Santa Maria do Araguaia.

Contra tudo e quase todos, João Reis foi eleito prefeito e os amigos se elegeram vereadores.
O primeiro ato da nova legislatura foi a Resolução Nº 1, de autoria do vereador Delfino Araújo, que desmembrava o distrito, criando assim o município de Miracema do Norte, devidamente sancionada pelo prefeito.

A partir daí, a pacata cidade ganhou projeção nacional, confrontando inclusive, sua homônima do Rio de Janeiro, mas o abandono por estar no norte goiano fê-la parar no tempo e no espaço. A saga de Fêlix, de sempre se reerguer e resurgir, estava apena começando.
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Foi invadida pelas águas do Rio Tocantins, em 1980, quando ressurgiu das águas; foi cantada pela Banda Blitz na composição “A Dois Passos do Paraíso”; serviu de útero e berço para o nascimento do Estado do Tocantins, quando foi primeira capital, embora em caráter provisório.

Deixou de ser capital e foi atirada n um caos social. Mas, novamente ressurgiu das cinzas.
 É sede da regional e de uma subestação da Eletronorte, tem em suas terras, a primeira Usina Hidrelétrica privatizada do País, tem uma ponte sobre o Rio Tocantins.

Mas a indecência da maioria  de seus politicos e a pobreza de espírito da maioria de sua gente, sobretudo daqueles que elegem seus representantes, vem promovendo a decadência da cidade e destruindo a auto estima de sua gente.

Aqueles residentes e trabalhadores que permanecem ainda na não mais pacata Miracema, são protagonistas dessa história de amor entre os miracemenses nativos ou adotados e a terra de Pedro Praxedes, Miracema do Tocantins. É uma história de amor que espera por um final feliz.

Por José Carlos de Almeida



   

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